Diante do alerta do governo federal, que detectou nova ameaça de atos golpistas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Advocacia Geral da União (AGU), proibindo interrupções no trânsito em rodovias e vias urbanas.
Brasília está em alerta, e a Esplanada dos Ministérios voltou a ser fechada no final da manhã desta quarta-feira (11).
As manifestações anunciadas em redes sociais para as 18h podem representar a gestação do quarto ato golpista em 30 dias.
Em 12 de dezembro, bolsonaristas radicais tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no centro da capital, após a prisão de um líder indígena, gesto que serviu como pretexto para incendiar a região central de Brasília. Cinco ônibus e vários carros foram queimados. Ninguém foi detido.
No final de semana do Natal, foi desbaratado um plano para provocar uma explosão em um caminhão com combustível no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, e, com o caos instalado, provocar as Forças Armadas a uma intervenção. O suspeito, George Washington de Oliveira Sousa, foi preso.
No dia 30 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro deixou o país para não passar a faixa ao sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
No domingo (8), aproveitando-se do efeito surpresa após a posse sem incidentes de Lula, radicais invadiram os três mais importantes prédios públicos do país, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Esse foi o ato 3.
Agora, estaria em gestação o quarto ato, a partir da identificação de mensagens que anunciavam "mega manifestação nacional pela retomada do poder" em todas as capitais, previsto para as 18h desta quarta-feira (11). Esse quarto ato, no entanto, pode ter outros braços, como ataques a prédios públicos fora da Esplanada, como em órgãos públicos.
O interventor federal, Ricardo Capelli, convocou uma reunião extraordinária na qual foi debatido o esquema de segurança especial.
Desta vez, ninguém poderá dizer que será pego de surpresa.