Rodrigo Lopes
Vinte anos depois que Jean-Marie Le Pen, o fundador do xenófobo Partido Nacional, estremeceu os pilares da democracia francesa ao chegar ao segundo turno, em 2002, sua filha, Marine Le Pen, alcançou outro feito: na eleição de domingo (24), somou o maior percentual de votos da história da legenda, hoje rebatizada como Reagrupamento Nacional, 41,46%. Isso significa que quase metade dos eleitores que foram às urnas em 24 de abril de 2022 viram a política que já negou a responsabilidade da França na deportação de judeus para campos de concentração e extermínio nazistas (rejeitando a posição oficial do Estado) e que se consagrou por discursos racistas e ultranacionalistas como uma opção aceitável para governar o país.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- frança
- europa
- marine le pen
- emmanuel macron