Sucessivos conflitos atuais produziram nos últimos anos 17 milhões de refugiados pelo mundo.
Sem pátria, carregando muitas vezes apenas a roupa do corpo, eles chegam a campos de refugiados das Nações Unidas para ficar algum tempo até que o conflito termine e possam voltar para casa. Mas, o que deveria ser transitório, se torna permanente.
Em média, os refugiados passam 17 anos de suas vidas em campos.
O drama e como o sistema dos campos de refugiados funciona é tema do mais recente documentário da jornalista francesa Anne Poiret, "Welcome to Réfugistan", que será exibido nesta sexta-feira (5) às 20h, na Cinemateca Capitólio Petrobras (Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Centro Histórico de Porto Alegre). A iniciativa integra o projeto Debats d'Idées, da Aliança Francesa. A entrada é gratuita.
Após a exibição do documentário, haverá debate com a jornalista. Haverá tradução simultânea.
Anne é uma globetrotter.
Vencedora do Prix Albert Londres, o principal prêmio do jornalismo francês, em 2007 por “Muttur: um crime contra o humanitário” (exibido pelo canal França 5), a diretora produz documentários há 15 anos. Entre os trabalhos, estão “Meu País Fabrica Armas”, sobre a venda pela França de armamentos para países acusados de violar direitos humanos, “Líbia: Missão Impossível”, sobre o pós-guerra no país de Muamar Khadafi, “Sudão do Sul: fábrica de um Estado”, que problematiza o nascimento da nação africana, e “Namíbia: O Genocídio do Segundo Reich”, sobre o papel da Holanda no massacre. Ela colabora com diferentes publicações francesas.