Theresa May terminará esta terça-feira (12) como heroína do Brexit, graças a sua resiliência, ou a um passo das catacumbas da política britânica, prestes a ser esquecida. O parlamento irá votar, de novo, o acordo alinhavado entre a primeira-ministra e Bruxelas para a retirada do país da União Europeia. Se os deputados aprovarem os termos do texto, May comemorará. Se fracassar, será por anos considerada a pessoa que arriscou o futuro do país. Os cenários possíveis:
Acordo aprovado
O Reino Unido deixará a UE com condições negociadas. Porém, resta pouco tempo: a data agendada é 29 de março. É possível pedir adiamento.
Sem acordo
Nesse caso, May deve perguntar aos parlamentares se aceitam ou recusam deixar a UE abruptamente – é o chamado “Brexit duro”, cortando bruscamente as pontes. A relação econômica entre as partes passaria a ser administrada pelas regras básicas da Organização Mundial do Comércio (OMC). É um cenário temido, que pode mergulhar o país em uma grave crise econômica.
Adiamento do Brexit
Outra opção se não houver acordo. Nesse caso, os deputados poderão votar, nesta quarta-feira (13), o adiamento da data de partida, alegando razões políticas.
Anulação do Brexit
O adiamento também poderia levar à organização de um segundo referendo sobre o Brexit ou a uma convocação de eleições legislativas antecipadas. No caso de nova votação, todo o processo pode ser anulado.