O mundo discute cinco cenários possíveis para a crise na Venezuela.
Uma saída ao exemplo da Líbia, com guerra civil e intervenção estrangeira, é a mais caótica, com invasão de território por parte de uma coalizão formada por Estados Unidos, Colômbia e Brasil.
A outra opção seria algo parecido com o que o Egito viveu na Primavera Árabe: deposição do ditador, eleições livres seguidas de golpe de Estado.
O terceiro cenário é o mais saudável: o exemplo da Tunísia, berço das revoluções que varreram o norte da África. Lá, o ditador foi deposto praticamente sem conflitos e houve eleições. É o exemplo mais bem acabado de onde a Primavera Árabe deu certo, uma transição para a democracia sem guerra.
O quarto exemplo é o do Congo, uma espécie de conflito de baixa intensidade, com vários grupos armados que dominam certas regiões.
O quinto cenário é o cubano, com manutenção do regime de Nicolás Maduro. Algo pouco provável.
Os cinco cenários foram descritos pelo professor Oliver Stuenkel, das Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas e único representante sul-americano na 55ª Conferência de Segurança de Munique. O evento, encerrado no domingo (17), é conhecido como a "Davos da política da segurança", por reunir chefes de Estado, altas autoridades militares, diplomatas e pesquisadores para discutir os principais temas da geopolítica atual.