Tudo indica que o recuo do governo de Emmanuel Macron em relação ao aumento dos combustíveis foi insuficiente para deter os protestos que, por três sábados consecutivos, incendeiam Paris e outras regiões da França.
O país prepara-se para viver um fim de semana caótico. Tanto que a Torre Eiffel e o Museu do Louvre já anteciparam que fecharão.
São dois dos maiores cartões-postais franceses. Seu fechamento significa que as manifestações começam a atingir o setor turístico.
Além da torre e do Louvre, também o Museu d'Orsey, o Grand Palais, o prédio da Ópera de Paris e as catacumbas também não abrirão ao público.
O Arco do Triunfo, que foi vandalizado no sábado passado, segue fechado. Lojistas da Champs-Elysée foram orientados a não abrir.
Na terça-feira, o governo Macron anunciou uma moratória no aumento da alíquota que eleva os preços do diesel e da gasolina para tentar aplacar os protestos dos chamados coletes amarelos, um grupo sem liderança clara, organizado pelas redes sociais que usa como símbolo o jaleco que todo motorista precisa carregar nos veículos para situações de emergência.
Os protestos de sábado passado, dia 1º de dezembro, foram até agora os mais violentos. Pelo menos 370 pessoas foram detidas e 263 ficaram feridas feridas, 23 das quais são elementos forças de segurança, de acordo com a polícia.
O fechamento do Louvre e da torre simbolizam a primeira derrota do governo Macron.