O quebra-cabeças que ajuda a compor o perfil de Stephen Paddock, o atirador de Las Vegas, começa a ser montado a partir de relatos nervosos e esparsos de familiares e amigos da pequena Mesquite, vilarejo do Estado de Nevada. Era um americano de 64 anos, branco, que teria agido sozinho do alto do 32º andar do Mandalay Bay Casino para cometer o maior massacre do tipo na história americana.
Quando as equipes da Swat invadiram seu quarto no hotel-cassino, Paddock já estava morto. Teria cometido suicídio. No dormitório, foram encontradas 10 armas. Mas apenas uma teria sido usada no massacre: um fuzil automático, que estava posicionado sobre uma plataforma na janela, de frente para o local onde ocorria o Route 91 Harvest Festival, concerto de música country. Dois carros registrados em seu nome já foram localizados.
Não se sabe até o momento a motivação para o crime. O xerife de Las Vegas, Joseph Lombardo, preferiu não especular, mas afirmou:
– Há fatores motivadores associados ao terrorismo, além de uma pessoa perturbada que apenas pretende causar baixas em massa.
Paddock vivia em uma casa recém-construída no vilarejo de Mesquite, próximo à divisa como Estado do Arizona e a cerca de cem quilômetros de Las Vegas. Ele era conhecido da polícia local, embora não se saiba até o momento a razão. O homem não tinha antecedentes criminais. Conforme a imprensa de Las Vegas, Paddok teria morado antes em Reno (Nevada) e nos Estados da Califórnia e Flórida.
Em Mesquite, vivia com uma mulher, Marilou Danley, dois anos mais nova do que ele. De nacionalidade australiana, com ascendência asiática, ela era acompanhada como "pessoa de interesse" pela polícia, alcunha normalmente usada por agentes do FBI para suspeitos de potenciais atos terroristas.
Apesar disso, acredita-se que Paddock tenha operado sozinho para efetuar a matança. Diante dos primeiros contatos, familiares se mostraram surpresos com o episódio. Eric Paddock, um de seus irmãos, afirmou em entrevista à Agência Reuters, não fazer a mínima ideia do que teria motivado o ataque.
- Estamos horrorizados – disse.