Em sua ânsia por fazer barulho e ocupar espaço na batalha da propaganda, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) apressou-se em reivindicar o massacre de Las Vegas. Na verdade, a organização parece reivindicar ultimamente qualquer tragédia por aí como sendo obra de seu califado de mentira.
Mais de 24 horas depois de um homem de 64 anos ingressar no Mandalay Bay, um famoso cassino e resort da cidade, subir até o 32º andar e, de lá, disparar contra um multidão estimada em 22 mil pessoas – dessas 59 morreram e mais de 500 ficaram feridas -, a polícia dos EUA desconhece a real motivação do crime.
Uma coisa pelo menos parece certa: Stephen Paddock não tinha qualquer vínculo com ideais políticos ou religiosos.
No comunicado do EI, por meio de sua "agência de notícias" Amaq News, o grupo terrorista disse que Paddock teria se convertido ao islamismo meses atrás. O grupo identificou o atirador como Abu Abdul Barr al-Amriki, de acordo com o site Intel Group. Mas nem o FBI nem a polícia de Las Vegas acreditam nessa hipótese.
Paddock vivia a vida como um cara rico do Estado de Nevada: gostava de cruzeiros, jogava pôquer e era capaz de apostar US$ 100 como quem compra bala na venda da esquina. Seu pai, Patrick Benjamin Paddock, era ladrão de bancos que figurou na lista dos criminosos mais procurados pelo FBI entre 1969 e 1977. Mas Paddock não tinha antecedentes criminais.
Ou o EI apresenta provas do envolvimento de Paddock com o terrorismo nas próximas horas ou parecerá um típico gesto desesperado de quem está perdendo a guerra no terreno.