Depois de 13 anos no Haiti, o Ministério da Defesa brasileiro analisa três possibilidades de envio de uma nova missão ao exterior: a Síria, em guerra civil há seis anos, é a opção mais desafiadora. O nome do Brasil surgiu durante conversações na ONU, a partir de um plano de Rússia e Turquia. Líbano seria uma operação de menor complexidade, dada situação de relativa paz e território que as Forças Armadas já conhecem por conta da atuação da Marinha na Unifil, com cerca de 200 militares a bordo da fragata Liberal. O Mali, na África, surge como opção. Veja como seria cada uma:
LÍBANO – A Marinha do Brasil integra a força-tarefa marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), missão criada para confirmar a retirada de Israel do sul do Líbano. A operação tem como objetivo apoiar a marinha libanesa no patrulhamento e no monitoramento do mar territorial, prevenindo a entrada sem autorização de armas por via marítima, que poderiam cair nas mãos do grupo extremista Hezbollah, e treinar as forças armadas do país. Desde novembro de 2011 no comando da missão, a tripulação conta com mais de 200 militares brasileiros.
SÍRIA – A ideia arquitetada por Turquia e Rússia – com algum apoio do governo de Bashar al-Assad e dos Estados Unidos – seria criar uma zona de exclusão aérea sobre o território. O Brasil apoiaria com o Exército para garantir a segurança de quarto áreas em terra que seriam desmilitarizadas: em Idlib, Ghouta, Homs e na fronteira com a Jordânia, onde, recentemente, começou a ser registrada atuação de extremistas.
MALI – Um efetivo brasileiro poderia integrar a Missão Multidimensional de Estabilização do Mali (Minusma). O Brasil não tem no momento tropas no local. Criada em 2013 pelo Conselho de Segurança da ONU, a operação tem objetivo de garantir a recuperação do país devastado por conflitos e pela ação de dois violentos grupos jihadistas, o Ansar Dine, ligado ao Estado Islâmico (EI), e à Al-Qaeda no Magreb, filiado à antiga rede de Osama bin Laden.