Em 14 dias, Donald Trump lançou um ataque à Síria, deslocou navios de guerra para a península da Coreia e disparou a mais poderosa bomba não-nuclear americana da história sobre o Afeganistão. Engana-se quem pensa que a doutrina Trump significa não ter doutrina. Ele atira para todos os lados.
Em comum, Síria e Afeganistão são países da área de influência da Rússia, de Vladimir Putin. A diferença é que, no caso do ataque com mísseis Tomahawk, os EUA acertaram posições de um governo institucionalizado, na Síria. No Afeganistão, os alvos seriam terroristas do Estado Islâmico supostamente entocados em montanhas.
Os EUA enviaram para a costa das Coreias o grupo naval de ataque comandado pelo porta-aviões Carl Vinson, que inicialmente iria a caminho da Austrália. Trata-se de uma advertência ao governo comunista e suas ameaças. A ordem de mudança de rota foi uma manobra para neutralizar os arroubos de meio de abril, quando a Coreia do Norte e seu ditador costuma fazer suas demonstrações de força. No mês passado, o secretário de Estado, Rex Tillerson, havia anunciado que a política de “paciência estratégica” com Pyongyang tinha chegado ao fim.
Nem China nem Rússia seguram os arroubos de Kim Jong-un.