Uma Igreja focada no Hemisfério Sul e menos centralizada na chamada Velha Europa, que está cada vez mais secular. Esse é o desenho do Colégio Cardinalício, o todo-poderoso órgão do Vaticano, responsável por eleger o Papa no conclave.
Está muito claro que Francisco, ao realizar o terceiro consistório (reunião de cardeais), para nomear novos príncipes da Igreja tenta, por meio das indicações, reformar, por dentro, o Colégio Cardinalício.
Francisco já indicou 44 dos 121 cardeais com direito a voto em conclave. Além deles, há 107 cardeais com mais de 80 anos, ou seja não são eleitores em um conclave.
Do total de cardeais, 112 são europeus (54 eleitores), 62 das Américas do Norte, Central e do Sul (34 votantes), 24 da África (15 eleitores), 24 da Ásia (14 votantes) e quatro da Oceania (quatro eleitores).
Na lista abaixo, onde estão apenas os novos cardeais com direito a voto, fica muito claro que eles são procedentes de países pouco representados, até agora, no Vaticano.
Mario Zenari (Itália e representante do Vaticano na Síria)
Dieudonné Nzapalainga (República Centro-Africana)
Carlos Osoro Sierra (Espanha)
Sérgio da Rocha (Brasil)
Blase J. Cupich (Estados Unidos)
Patrick D'Rozario (Bangladesh)
Baltazar Enrique Porras Cardozo (Venezuela)
Jozef De Kesel (Bélgica)
Maurice Piat (Ilhas Maurício)
Kevin Joseph Farrell (EUA)
Carlos Aguiar Retes (México)
John Ribat (Papua Nova-Guiné)
Joseph William Tobin (EUA)