A vitória do Inter sobre o Bolívar na altitude de La Paz ficará para a história. O Colorado entrou em campo com um pragmatismo eficiente dentro das condições possíveis para enfrentar o adversário e, principalmente, a altitude.
O time gaúcho jogou fechado, tocando a bola e marcando da intermediária para trás. Assim, só deixou ao Bolívar a opção do cruzamento. Seus jogadores não tem técnica para atacar por baixo. Eduardo Coudet sabia disto e congestionou seu time com três zagueiros.
Não se viu dificuldade de preparação física. Afinal, os colorados deixaram o jogo lento e caíram quando sofriam faltas, chamando o departamento médico e tirando a velocidade do jogo que só interessava a seu adversário. Uma exibição luxuosa, muito bem moldada.
Foi um jogo inteligente, de um time que foi maduro que soube construir uma grande, espetacular vitória. Traz uma grande vantagem ao Beira-Rio na próxima terça (29). Poucas vezes vi um time jogar com tanta inteligência neste palco boliviano, onde respirar é vitória pessoal de quem está lá.
O Inter foi fantástico, adulto e competitivo. Repito: uma vitória que ficará para a história. Não é fácil ganhar do Bolívar e da altitude. Como diz Maurício Saraiva, é outro jogo. E o Colorado jogou com imensa sabedoria. A classificação para a semifinal ficou muito próxima.
O problema é que temos dois times colorados: o que brilha na Libertadores e o que não consegue ganhar no Brasileirão. Que uma equipe ensine a outra a melhorar os resultados.