Quando o jogador Campanharo foi contratado pelo Internacional, o jornalista Rodrigo Russomano me chamou atenção de que se tratava de um atleta com qualidades importantes. O que vou escrever agora ainda não é uma conclusão definitiva, mas confesso que fiquei vivamente impressionado com este jogador.
O marasmo de Johnny e Baralhas trazia enorme prejuízo para o Internacional no seu jogo contra o Metropolitanos. O time saia muito devagar e facilitiva a marcação. No segundo tempo, quando entro Campanharo, a velocidade mudou. Ele é um volante que joga pra frente, faz a transicã0 em velocidade, dá melhores condições para os atacantes e, pelo que vi, quase não erra passes.
O Inter passou a ser muito mais agressivo com ele, não deixou mais o adversário respirar. Seus movimentos lembram o volante Gabriel, que foi uma solução para o time colorado. Repito: é uma pequena amostragem, menos do que um tempo de futebol, mas devo dizer que entre estes jogadores desconhecidos que não entusiasmam o torcedor, vejo em Campanharo uma possibilidade muito concreta de ser solução para Mano Menezes.
UM ANO DE MANO
Nesta quarta (19), fez aniversário de um ano o trabalho de Mano Menezes à frente do Internacional. Quero dividir em duas etapas. A primeira está relacionada com o ano passado, quando o time foi vice-campeão brasileiro. Lá, Mano fez um time defensivo, nunca deixando de sair para o ataque e surpreendendo muita gente. Mas foi também nesse ano que ele participou do primeiro vexame. O time colorado foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Melgar. Jogou 180 minutos e não conseguiu fazer um só gol neste time peruano.
Este ano só teve uma derrota. Parece maravilhoso, mas não é . Foram jogos contra equipes do Gauchão ou da Libertadores muito fracos ou ainda da Copa do Brasil, outra vez times mais fracos. Contra adversários da Série A, disputou dois jogos, e fez somente um ponto. Foi o Gre-Nal, que perdeu, e o Fortaleza, que empatou.
Mas o pior foi ter sido eliminado da final do Gauchão para o Caxias, mesmo sem perder, mas vendo o time passar por outro vexame. Tem muitos acertos, muitos erros, nota 6 para o treinador colorado. E muita desculpa do seu trabalho olhando a potencialidade do grupo de jogadores que tem para trabalhar.