Tudo começa pelos preços. Desde a passagem aérea, que é muito cara, passando pelos hotéis, que beiram US$ 500 por dia, o custo das refeições, do transporte, dos ingressos. Tudo é uma fortuna no Catar.
Depois tem as proibições. São muito chatas e não deixam os estrangeiros à vontade. Beber aqui é quase um crime. Tirar foto de uma mulher daqui pode render grande incomodação, as filmagens quase sempre são proibidas, fora as proibições que envolvem o público LGBT+.
É muita chateação. Não é uma competição alegre. Não se vê festas, a não ser no mercado e na Fan Fest. As ruas continuam desertas em qualquer hora do dia. Mesmo assim, um milhão de pessoas chegaram por aqui. Num país com costumes diferentes, teria os mais de 5 milhões de espectadores.
O trânsito está proibitivo. O metrô demora a dar vazão do público dos estádios. Tudo é muito difícil, tudo complicado, nada que deixe as pessoas à vontade. Uma Copa do Mundo muito diferente de tudo que eu conhecia. Muita chatice. Mas é o que temos. Espero que as pessoas encontrem formas de diversão além dos jogos de futebol.
Credibilidade
Os estádios não recebem torcedores para suas lotações. Esta estranha Copa não chega a mobilizar o mundo pelas dificuldades estruturais do país onde é disputada. Olhando os jogos dá para ver muitas cadeiras que não são ocupadas nos estádios. No final dos jogos, os repórteres da Gaúcha informam o público presente e é sempre muito maior do que aquilo que se vê.
Peca a Fifa com as informações erradas e perde credibilidade numa competição aceita por ela num país complicado com seus costumes. Definitivamente, espero melhores notícias. O repórter da RBS, Rodrigo Adams, levou 1h20min para deixar um estádio. E tem muita gente tentando chegar. Público pequeno, transporte ruim, muitas dificuldades. Espero que muita coisa melhore.