Quase nada do que acontece de bom na caminhada do Grêmio de volta à Série A passa por Ferreira. Não é culpa dele, mas é importante lembrar que pouco jogou. No primeiro momento foi a cirurgia da hérnia, que determinou parada de 30 dias, aproximadamente. Depois veio a lesão muscular, e mais 30 dias sem jogar.
Quer o destino que Ferreirinha volte no grande jogo de domingo, contra o Cruzeiro. Começará jogando? Talvez não. Esta é uma partida para quem está fisicamente bem preparado. A longa parada cobra seu preço. O Grêmio chegou onde chegou quase sem sua participação. Mas é claro que é importante para a campanha do Tricolor, que está encaminhada.
É preciso continuar somando pontos, até chegar aos mágicos 64 conquistados, que segundo as projeções garantem, pelo menos, o quarto lugar — que é a mesma coisa do que ser campeão para efeitos de consequência prática.
Ferreira é um diferencial técnico que Guilherme não consegue ser. E pode ser considerado, também, como possibilidade de venda para salvar o magro final de ano do clube. Em campo ou fora dele, é sempre muito importante.
LUCAS LEIVA
A torcida do Grêmio espera muito mais dele. Foi Lucas Leiva que carregou mais de 40 mil pessoas para a Arena esperando sua estreia. O torcedor ficou tão "desenxavido" que chegou a vaiar o treinador por não ter colocado em campo o grande e fascinante reforço de um time cheio de dificuldades técnicas.
Lucas Leiva ainda não nos mostrou nada especial. Por enquanto, repete um jogador comum, com passes curtos e laterais, sem brilho. Mas é a volta de um jogador que ficou por mais de 10 anos na Europa, que pode estar sofrendo com readaptação e que pode estar buscando entrosamento entre seus companheiros.