Eram 43 mil torcedores que carregaram para o Beira-Rio a certeza de classificação. Todos sabem que o Inter é muito melhor do que o Melgar. Mas na semana passada o goleiro Daniel teve que salvar o time colorado no interior do Peru. Péssimo jogo dos colorados, que escaparam de perder. Depois pegaram avião particular e foram fazer o vexame de serem goleados pelo Fortaleza, um time que luta bravamente para escapar do rebaixamento.
Claro que nós todos esperávamos mais. Mas veio o vexame doloroso. Eliminação dentro de casa para um time muito fraco na competição escolhida para ganhar nesta temporada, para ser o título, um troféu que faz muitos anos que não aparece no Beira-Rio.
Aquele Beira-Rio que decidiu jogos ao rugir, parece não existir mais. O time colorado foi trocado alegadamente porque tinha jogadores conformados com a derrota. Mudou a fotografia, mas o resultado é o mesmo. Vexame que dói no torcedor, porque todos pensavam em Córdoba, mas restou o Brasileirão.
Um time que não sabe decidir, que não sufoca o adversário. Foi mal no primeiro tempo e só criou duas chances de gol. Muito pior no segundo tempo, quando viu o Melgar ser muito melhor e quase ganhar o jogo.
O Melgar nunca ganhou uma só partida no Brasil. Nunca fez gol. E o Inter conseguiu ser eliminado. Resta o Brasileirão. O objeto de desejo passa a ser uma vaga na Libertadores. Consolo a ser buscado. Perda de dinheiro, perda de prestígio, perda de confiança. Pobre torcedor colorado, que sofre outra vez.