O caso Ferreirinha acabou como um verdadeiro mico do Grêmio. Num primeiro momento foi tratada a lesão como muscular, de grau um. Pouco tempo depois veio o tratamento de lesão pubiana. Só na terça-feira foi descoberto o problema.
O jogador tinha uma hérnia inguinal, o que justificava suas reclamações de dores constantes. Muita gente já falava em bastidores que o jogador estava no "mimimi" — uma palavra criada para dizer que ele não tinha disposição necessária para fazer seu trabalho profissional. Se vê agora que o jogador nunca forçou nada, que sempre quis fazer seu trabalho, mas as dores pareciam insuportáveis para quem busca jogar futebol de alto nível.
Felizmente, apesar do atraso injustificado, o jogador fez a cirurgia com o doutor Marcos Reusch, mestre neste assunto, e já está em casa. Agora serão oito longas semanas de recuperação, mas pelo menos se sabe que terá fim e ele poderá, ainda, jogar muitas partidas e ajudar o Grêmio.
O departamento médico do Grêmio precisa explicar para o torcedor como isso aconteceu, como as imagens não deixaram claro o problema. O mesmo departamento médico que não viu um câncer do jogador Jean Pyerre, o que faz muita gente desconfiar do que está sendo feito na Arena. Tudo com cara de um grande mico.
RETORNO DE KANNEMANN
Segundo o repórter Bruno Flores, o zagueiro gremista treinou sem restrições. Isso deve estar significando o retorno dele em breve. Lembro que, no ano passado, Kannemann se arrastava em campo mostrando uma bravura poucas vezes vista no futebol profissional do Brasil.
Seu retorno ao time significa muito mais do que um acréscimo pessoal. Tem jeito de luta, de bravura, de alguém que supera dificuldades pessoais em nome do bem maior que é o time, as vitórias e a busca da volta à Série A.