O presidente do Grêmio é um importante homem público do Rio Grande do Sul. Foi prefeito de Osório, com reconhecimento dos habitantes daquela cidade de que fez grande trabalho, foi presidente estadual do PDT, um dos partidos mais importantes deste estado, que é onde nasceu e se fez gigante o saudoso Leonel Brizola.
Se tornou presidente do Grêmio levado pelo não menos brilhante Fábio Koff. Pegou o Grêmio numa situação financeira falimentar, recuperou o clube e conquistou títulos nacionais e internacionais depois de um jejum de 15 anos. Poderia ter saído por cima para concorrer a governador com grandes chances de ganhar em primeiro turno. Preferiu ficar e aí enfrentou problemas. O maior foi ver o clube rebaixado para a Série B.
Chegou a eleição. Mesmo com este resultado terrível para o clube, o presidente do PDT Carlos Lupi tem pesquisas que dão conta de que Bolzan é competitivo, muito pela sua capacidade, e outro tanto pela força do partido no nosso Estado. Romildo garante a todos que quer tirar o Grêmio da B e que, enquanto isto, não quer sair. Mas o partido e seu presidente não desistem.
Acho que Romildo não deixa a presidência do Grêmio, mas seu vínculo partidário, sua vocação política, tudo isso somado deve estar representando um dilema pessoal de difícil solução. Romildo reconhece seus problemas no clube, mas vê esta possibilidade de concorrer e ganhar o governo gaúcho. Em poucos dias teremos a resposta final, mas não é fácil para alguém como ele desistir de uma candidatura, ou deixar o clube num processo ruim. Uma escolha difícil.