O treinador do Inter não tem unanimidade no seu trabalho. Pelo contrário, tem fortes criticas por nada inovar. Diego Aguirre dirige um time que não tem grande criatividade, faz escolhas que não agradam a maioria das pessoas. 

Quando sair do Inter, não deixará saudades. No entanto, a principal razão, muito mais do que os erros do seu trabalho — nos últimos 11 jogos, só duas vitórias — está a incerteza de sua continuidade. Ele pode sair a qualquer momento do clube para ser técnico do Uruguai. 

O ano está terminando e o trabalho de construção para 2022 precisa ser feito. Aliás, já deveria ter começado. E esta reconstrução deve ser feita em conjunto com o treinador. No ano passado, o Inter ficou no meio do caminho com Eduardo Coudet quando era terceiro colocado por aproveitamento. 

Se salvou nas mãos de Abel Braga, mas não deve passar por isto mais uma vez. Se Aguirre der a certeza de que ficará, ainda vá lá que seja. Mas ele parece muito decidido a ser técnico de seu país, o que é compreensível. 

Perguntado sobre o trabalho para 2022, ele diz que ainda não é hora, que o fará depois que terminar a competição. Vejo a necessidade de demitir este profissional pela incerteza de seu futuro e pelo trabalho realizado até aqui que está longe de ser significativo.

PÉSSIMO ANO — O Gauchão foi do Grêmio. Na Copa do Brasil, o Inter foi eliminado, dentro do Beira-Rio, pelo péssimo time do Vitória, da Bahia, que acabou de ser rebaixado para a Série C. Na Libertadores, foi eliminado pelo pior time do Olimpia da sua história. Só conseguiu ganhar um Gre-Nal num esforço de mobilização contra o time do Grêmio mais fraco dos últimos 50 anos. 

No Brasileirão parece querer entregar a vaga da Libertadores. A vaga direta na fase de grupos já não dá mais, e agora parece que o time se esforça para perder a vaga da pré Libertadores. Sobrará a Sul Americana, uma espécie de série B do continente. 

Como disse Felipe Gamba, o sucesso, ou o título dos colorados neste ano será ver o Grêmio ser rebaixado para a Série B do futebol brasileiro. Aliás, só não existe crise forte dentro do Beira-Rio porque o Grêmio faz fiascos muito maiores este ano. A alegria dos torcedores colorados está na secação do Grêmio, da vexame do time tricolor, na sua ida para Série B.