Não será quinta-feira o grande teste para Miguel Ángel Ramírez. O adversário é o Vitória, que passa por momento muito ruim, e deverá ser derrotado pelo Inter por menos que jogue.
O domingo reserva ao Colorado o enfrentamento com o Bahia na Fonte Nova. É um adversário que regula em capacidade com o Fortaleza. Depois, na quarta-feira, dentro do Beira-Rio, tem jogo contra o poderoso Atlético-MG.
Nestes dois jogos poderemos ver a evolução, ou não, do futebol colorado. Não precisa ganhar estes jogos para que se possa observar as melhoras do time. Basta ter bom desempenho.
Contra Bahia e o Galo Mineiro, ganhar não chega a ser um problema angustiante. Eles têm time e investimentos para duelar. Mas o Inter não pode repetir o que se viu em Fortaleza.
Nem próximo daquilo. Precisa apresentar muito mais, ser mais competitivo, ou seja, ser verdadeiramente o time colorado em campo. Até lá, Ramírez precisa fazer o time jogar. Ou será que nos lembramos de um grande jogo do Inter nas mãos do espanhol?
Qualidade — O grupo que foi entregue para Ramírez é o mesmo de Abel Braga, mas acrescido de Taison, Guerrero, Saravia e Boschilia. Logo adiante terá Rodrigo Moledo.
Não falta qualidade. Como qualquer outro time, tem suas carências. Aí entra o treinador, aumentando o potencial do time através de uma estrutura tática. Parece que ter chegado e mudado tudo que era feito foi um erro.
Talvez o resultado fosse muito melhor se as mudanças fossem feitas de maneira escalonada, aos poucos. O que se vê em campo são alterações que remetem aos atletas fazer coisas que não sabem e que talvez nunca consigam fazer.
O que vejo nas redes sociais, o que ouço de meus amigos colorados, é um quadro desolador. Muita insatisfação e pedidos veementes de necessidade de troca de treinador. Acho muito cedo para medida tão radical e, insisto, tudo pode se encaminhar nos próximos dois jogos do Brasileirão. Para o bem ou para o mal.