É inegável que Tiago Nunes trouxe progressos ao time do Grêmio. Mas ele ainda busca soluções semelhantes àquelas que eram tomadas por Renato Portaluppi e que, sabidamente, não davam mais resultado. No jogo contra o Caxias, ele colocou Luiz Fernando e Churín em campo. Não lembrou de Ricardinho, por exemplo — sem falar em Léo Chú, que se recupera de covid. No meio, mandou a campo Lucas Silva, e não Bobsin ou Fernando Henrique.
Isso só para citar os exemplos do domingo, em jogo de Gauchão. O grupo do Grêmio tem alguns jogadores que já receberam muitas oportunidades e não responderam na altura que um clube desta grandeza precisa. As categorias de base e o time da transição revelaram jogadores que têm potencialidade maior. No entanto, eles precisam de oportunidades.
Sei que o treinador recém chegou e que prefere colocar os mais velhos porque eles podem reclamar e criar um ambiente ruim, enquanto os jovens quase não têm força para reclamar. Mas encaro isso como uma perda de tempo do clube. Este pode ser um assunto para ser tratado pelo vice-presidente Marcos Hermann, que antes de estar neste cargo pertencia, e pertence, ao Conselho de Administração. Ele sabe do histórico destes jogadores.
Não estou sugerindo a escalação do time por parte do dirigente. É assunto do treinador. Mas, como o clube trabalha no sentido de promover jogadores com mais brevidade do que acontecia anteriormente, como política de futebol, é claro que o treinador precisa entrar nesta formulação o mais breve possível.
Estes assuntos já geravam críticas a Renato anteriormente e, certamente, cairão no colo de Tiago Nunes. Basta que ele tenha um mau resultado. Para fazer diferente, para fazer melhor, faz-se urgente a maior utilização dos guris da base para ver se eles aprovam.