Não ouvi ninguém dizer que, tecnicamente, Alexandre Pato não serve ao Inter. Todos que se pronunciaram, mesmo vivendo esta pandemia danada, deixaram claro que ele é um dos grandes talentos do futebol mundial. O que ele fez com isto é outra coisa.
Jogou pouco tempo para depois se transformar num artista, nestes caras que adoram ocupar as páginas sociais dos jornais e ter a seu lado mulheres bonitas e filhas de magnatas importantes. Convenhamos que não é ruim viver assim, ainda mais ganhando uma fortuna do clube que o contratou, sem que ele entenda a sua responsabilidade de dar o grande retorno do seu investimento.
Pato não se importou com seus clubes, mas nunca deixou de receber seu salário. Para dar uma ideia do que ele já faturou, seu último contrato, com o São Paulo, provavelmente o pior contrato da sua vida, rendia um salário de R$ 700 mil por mês, dinheiro importante em qualquer lugar do mundo.
Mas o que ele deu de retorno ao São Paulo? Nada. Como já fizera em outros clubes. Este é um histórico irresponsável, mesmo que seu detentor seja um craque. Se não quiser jogar, só será importante no dia 5, para receber seu salário.
Por isso, com toda a responsabilidade, o Inter, que tragicamente perdeu seu grande centroavante Paolo Guerrero para a temporada, vai desesperadamente ao mercado na busca de um jogador. Mas qual contrato pode ser feito com Alexandre Pato? Aquele que assina por dois anos faturando uma fortuna? Nunca. Ou ele aceita um vínculo por produtividade ou segue sua vida longe do lugar onde deu seus primeiros passos como jogador.
Yuri Alberto, Peglow, ou algum jogador que possa vir neste emaranhado de procura que faz Rodrigo Caetano poderá ser mais produtivo. Contrato normal com Pato, nem pensar.
Prudência e responsabilidade: o Inter tem, mas Pato poucas vezes teve.