Poucos jogadores nos encantaram tanto no mundo do futebol quanto Ronaldinho. Seus lances geniais nos deixaram felizes e nos levaram a admirar a arte do futebol. Tudo isso dentro do campo. Ele não soube ser um atleta perfeito porque misturou festas com treinamentos e teve de parar prematuramente. Se quisesse, poderia ter sido ainda maior do que foi — e já foi muito.
Nas decisões particulares, arrumou mais confusões do que soluções. Ele e seu irmão mais velho se envolvem, com velocidade comprometedora, em situações pouco recomendáveis. Esta última, de usar documentos falsos para ingressar no Paraguai, é somente mais uma confusão.
Passa a ser um exemplo não recomendável para jovens que o admiram. Confesso que fico triste, porque o vi nascer no velho Estádio Olímpico e pude admirar seu grande futebol, o tamanho da sua arte, tudo aquilo que o mundo inteiro presenciou.
Há quem diga que ele é levado a suas decisões pelo irmão, mas, como vai completar 40 anos, não dá para colocar tudo na conta do Assis.
Digamos que a dupla não se preserva e bota fora todo o prestígio acumulado nos estádios de futebol.
Piada
O que mais recebi pelas redes sociais na quinta-feira (5) foi a seguinte frase: "Eu vivi para ver um brasileiro ser preso no Paraguai por falsificação de documentos".
Isto faz parte daquele processo cultural de que, no país vizinho, existem montanhas de produtos falsificados. Acho que isto já está no folclore. Na última vez que lá estive, vi uma economia muito mais forte, um país diferente, com pessoas passeando pelas ruas, lojas e restaurantes lotados.
O que não dá para entender são as razões que levaram os irmãos a ingressar com documentos falsificados, já que até com carteira de identidade é possível ir lá.
O fato maior é que os famosos irmãos dão mais um grande vexame, e agora com repercussão mundial. Uma vergonha, seja qual for a razão.