O ex-jogador Ronaldinho e seu irmão Roberto Assis terminaram seus depoimentos no Ministério Público do Paraguai, na capital Assunção, e deixaram o local acompanhados pelo advogado paraguaio Adolfo Marin, que faz a defesa deles no país. Eles foram detidos na quarta-feira (4) após serem flagrados com passaportes falsos.
Na saída do edifício, por volta das 16h (horário de Brasília) desta quinta-feira, apenas Marin falou com a imprensa. As informações são da rádio local Uno 650 AM.
— Eles não solicitaram nem manejaram os documentos. Receberam os passaportes em casa e não deram importância, porque têm seus documentos — declarou o advogado, enquanto saíam do prédio cercados por profissionais da imprensa.
O promotor Federico Delfino explica que os irmãos portavam também seus passaportes brasileiros — o ex-jogador fez um acordo com a Justiça brasileira para receber os documentos novamente, depois de eles terem sido apreendidos por um caso de dano ambiental.
— Eles (Ronaldinho e Assis) nos disseram que foram orientados por este senhor detido (Wilmondes Sousa Lira, o empresário que convidou os irmãos ao país) a usarem os documentos novos, porque eram um presente de quem os recebia no país. Isso nos confunde um pouco, e estamos analisando — comentou com a imprensa local.
O jornal espanhol Marca noticia a prisão das mulheres paraguaias María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero, supostas donas dos passaportes que tiveram os números copiados pelos falsificados utilizados pelos irmãos para entrar no país. A informação foi divulgada pelo promotor paraguaio Federico Delfino. Os documentos teriam sido expedidos entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020.
Por fazerem parte do Mercosul, Paraguai e Brasil não exigem passaportes de quem cruza a fronteira entre os países.