O que mais pesa contra a venda de Everton, atacante de 23 anos que está jogando muito? São dois fatores. O primeiro é a pedida do Grêmio. Com 50% do passe, o clube quer para si 40 milhões de euros. Estamos falando de R$ 200 milhões, aproximadamente, mais as outra partes.
Na Europa, são feitas transações com jogadores que rendem menos do que o Cebolinha por mais dinheiro. Sim, é verdade. O que diminui o valor dos jogadores brasileiros são exemplos como de Neymar.
Este é o segundo problema. Joga muita bola, mas também arruma muita confusão. É comum atletas saírem daqui e sentirem saudade da feijoada, da roda de samba, dos bares com os amigos, e voltarem prematuramente, fazendo os clubes colocarem dinheiro fora. Por isso, normalmente os argentinos são vendidos com melhor preço.
Everton é um grande sujeito, tem tudo para se dar bem por lá, tanto por seu comportamento pessoal quanto pelo seu futebol, mas o histórico brasileiro joga o preço para baixo. Como diz Romildo Bolzan, o Grêmio quer fazer o melhor negócio da sua história. Se não vender, continua com um grande jogador. Para Everton, que sonha com o futebol europeu, é que não fica bom.