Em Caxias, contra o Fortaleza, o jogo se encaminhava para o seu final com um melancólico empate em 0 a 0 contra um time que, em boa parte do segundo tempo, jogou com 10 jogadores. Aos 44 minutos do segundo tempo, Jean Pyerre fez a única coisa bonita e criativa daquele jogo.
Ele deu um lançamento tão perfeito que foi capaz de nocautear um zagueiro, um lateral e um goleiro. Só Pepê poderia tocar naquele passe incomum, dada a sua qualidade. Foi a diferença, foi a vitória, foram os três pontos.
No Engenhão, o craque do Grêmio faz uma jogada pelo meio e é derrubado perto da linha da grande área. Ele próprio cobra a falta. Acho que o goleiro Cavalieri falhou no lance, porque tomou um gol no canto que ele protegia. Mas não tira o mérito de Jean Pyerre que, quase acabando o jogo, encontra outra solução para o Grêmio ganhar mais uma partida.
O tamanho da técnica deste jogador é enorme. Desvalorizar sua pouca movimentação é esquecer que ele tem atributos raros e decisivos. O Grêmio deve estes seis pontos a seu jovem e talentoso jogador.