Um conselheiro do Grêmio está internado na UTI de hospital em Caxias do Sul em coma induzido. Ele foi vítima de um disparo que atingiu seu rosto, feito por um também torcedor gremista, segundo a Polícia Civil e a Brigada Militar. Este é o flagelo das organizações que se intitulam como torcidas organizadas, mas que não são mais do que, na sua maioria, bandos que se articulam para buscar vantagens junto às direções dos clubes.
Clubes que, por sua vez, pouco ou nada fazem para impedir acontecimentos como este. Por negligência ou por medo das ameaças destinadas contra dirigentes e seus familiares. É um esquema pesado. O Ministério Público exerce um papel importante, registrando os torcedores, colocando identificação biométrica na entrada dos estádios, punindo torcidas e proibindo que se identifiquem com uniformes e bandeiras em dias de jogo.
Mas, apesar de todas estas providências, parece que ainda falta mais. Integrantes destas facções estão se misturando nos conselhos deliberativos dos clubes, ganhado poder, mas mantendo atitudes que nada contribuem para apaziguar as relações. Este é um caso policial e precisa ser tratado como tal.
Hoje temos a lamentar o fato de um torcedor e conselheiro estar em uma UTI, correndo risco de morte. O que poderá acontecer daqui para frente se nada for feito?
O Inter, por exemplo, acaba de retirar milhares de cadeiras, para dar lugar a estes rapazes que, em breve, estarão em luta corporal.