Sempre mostrei ceticismo quanto ao uso do VAR no futebol. Chegaram a dizer que sou contra avanços tecnológicos. Não é verdade. O que sempre entendi, e os fatos estão me dando razão, é que muitas das decisões do futebol são de interpretação, ou seja, dependentes da reflexão humana.
O que se viu na última quarta-feira (17), no Itaquerão, foi a prova de que o Árbitro de Vídeo, às vezes, ao invés de solucionar, acaba criando mais problemas. Primeiro, há uma reclamação corintiana de um pênalti inexistente. O responsável por analisar as imagens chamou a atenção do árbitro, ele foi até o monitor e assinalou um pênalti inexistente.
Depois, o VAR viu uma falta de Jadson em Dedé, em uma disputa de bola normal e anulou um golaço de Pedrinho para os paulistas.
Foi um vexame, justo em uma final de Copa do Brasil. Não será a última vez. As polêmicas estão longe de acabar. Deve melhorar, mas ainda precisa de um bom tempo de maturação dos processos. O futebol também vive de polêmica e é uma atividade humana e, como tal, passível de erros.