Odair Hellmann deve ter apreendido, definitivamente, a lição de que não se faz time sem armadores, aqueles rapazes talentosos que criam as situações de gol. O Inter foi dominado integralmente pela Chapecoense, com um futebol pobre e defensivo.
Mais uma vez, os atacantes ficaram sem ter jogadas, a não ser por um pênalti em Pottker e um gol perdido por Jonatan Alvez. Quando retirou Pottker e Nico e colocou D'Alessandro e Camilo, o Inter criou pelo menos seis grandes situações para marcar. E o time com eles tinha 10 jogadores, já que Cuesta já havia sido expulso de campo. Camilo perdeu dois gols, D'Ale perdeu um e Damião outros dois, além do pênalti desperdiçado pelo centroavante.
A Chapecoense poderia ter feito mais gols, não fosse a precariedade técnica de seus jogadores. O futebol do Inter, na escalação convencional de Odair Hellmann, foi deprimente. Como, aliás, já tinha sido contra Ceará e Paraná.
A Chape confirmou o que Odair não parece ter visto. Jogou com muita garra e justificou sua segunda vitória seguida em casa, devolvendo o Ceará para a zona de rebaixamento. O Inter perdeu a grande chance de liderar isoladamente o Brasileirão.