Nestes tempos em que se buscam exemplos, onde o presidente da República recebe contestações éticas diariamente do Ministério Público e da Polícia Federal, onde um ex-presidente cumpre pena de 12 anos de cadeia e tem mais sete processos para responder, me encontro aqui na Rússia com um grande brasileiro. Falo de Adenor Leonardo Bachi, o Tite. Ele soma competência com seriedade e responsabilidade.
Comanda um time de futebol formado por jogadores consagrados e milionários. Tem gestão de qualidade sobre eles. Promove um ambiente saudável, onde não se acha inimigos em todos os cantos, como faziam seus antecessores.
Pode até ser que o Brasil não se torne hexacampeão. O futebol é um dos esportes em que é mais possível o pior ganhar do melhor. O que sei, porque vejo por aqui, é que o treinador brasileiro tem competência, tem responsabilidade no seu trabalho e desfila ética pessoal. Suas atitudes são claras, mantém relacionamento saudável com todos dentro e fora da esfera do futebol.
Tite é um grande exemplo em um país onde os dirigentes faltam com a ética, onde as administrações não transparecem aos interessados. Não mudarei em nada estas afirmações se o Brasil não for hexa, mas reitero que entendo a Seleção Brasileira como grande favorita para levantar este caneco aqui na Rússia.
Reforços
No Grêmio, a contratação é Marinho. Foi atleta de Renato Portaluppi no seu início de carreira no Fluminense. Teve seu grande ano no Vitória da Bahia. Tem velocidade e boa técnica. Não aparece, inicialmente, como titular. Renato tem seu time formado. Mas o treinador sabe que uma equipe disputando três competições precisa ter qualidade e quantidade. Marinho fornece as duas valências requisitadas.
No Inter, a novidade é Sarrafiore. Um jovem de 20 anos e dono de raro talento, capaz de fazer muitas tarefas com impressionante eficiência. Claro que estou avaliando pelo vídeo que me foi mostrado. O Huracán, da Argentina, diz que vai recorrer à Fifa. Quer denunciar a Federação Gaúcha de Futebol – não sei como – e cobrar do Inter US$ 10 milhões.
Na realidade, o clube argentino deu uma constrangedora chupada de bala. Não renovou o contrato de seu jogador antes dos seis meses que faltavam para o encerramento. Dançou. A lei é clara. Denunciar o Inter por aliciamento é reconhecer a babaquice dos dirigentes hermanos. Sarrafiore está chegando a Porto Alegre e irá para Atibaia, em São Paulo, na pré-temporada dos colorados, iniciando sua preparação.