Com o intuito de oferecer mais opções de gastronomia a quem frequenta a Orla do Guaíba, a concessionária que administra o trecho 1, entre o Gasômetro e a Rótula das Cuias, vai instalar oito quiosques ao longo do percurso de um quilômetro e meio.
A prefeitura da Capital, embora ainda esteja analisando a proposta – e deva pedir alterações na arquitetura das barracas –, confirmou à coluna que vai autorizar as construções. Os quiosques devem ser erguidos durante o mês de abril.
– A gente recebeu a concessão da Orla há sete meses e, nesse período, colhendo impressões de usuários e comerciantes, percebemos a necessidade de uma variedade maior de produtos. Temos um público médio de 60 mil pessoas por dia nos finais de semana: a demanda tem sido muito maior do que a oferta – avalia a diretora administrativa do consócio GAM3 Parks, Carla Deboni, lembrando que hoje a área conta com quatro bares e o restaurante panorâmico, além do comércio de ambulantes.
A intenção principal, segundo Carla, não é levar concorrência aos empreendimentos atuais, mas oferecer aos frequentadores alternativas que, até o momento, não existem. Um dos quiosques, por exemplo, já está reservado para uma marca gaúcha de cerveja artesanal. Outro será destinado a uma sorveteria. E um terceiro vai ser operado por um vendedor ambulante que ganhou destaque nos últimos meses. Todas as barracas terão mesas com guarda-sóis.
– Elas vão ficar na calçada ou em cima dos platôs (esplanadas sobre as arquibancadas do trecho 1). São locais com poucas áreas de sombra, outra reclamação frequente que recebemos – diz a diretora do GAM3 Parks.
Não há dúvida de que o projeto é positivo: além de criar empregos e movimentar a economia, supre uma carência que hoje limita o passeio de quem poderia ficar mais tempo na Orla – faltam, sim, lugar à sombra para sentar e opções para consumir. O ponto que ainda merece atenção está na concepção visual dos quiosques. Na primeira versão, a que a coluna teve acesso, falta harmonia entre o desenho duro das barracas e a beleza da paisagem. Mas isso está em revisão na prefeitura.
– Estamos avaliando a proposta, que é boa mas precisa de algumas alterações. Até o final de fevereiro devemos autorizar – diz o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Germano Bremm.