Para se tornar a "rua completa" que a prefeitura prometeu, ainda vai demorar: dificilmente devem começar neste ano as obras de transformação da João Alfredo, no coração da Cidade Baixa. Por enquanto, além de uma dúzia de bancos, a via de 650 metros exibe apenas a espalhafatosa pintura que redesenhou o trânsito no local.
A nova sinalização era necessária: sua função, desde agosto, tem sido habituar moradores, motoristas e frequentadores a uma rua com menos espaço para carros – e mais para pedestres. Depois dessa etapa, viriam as obras de alargamento das calçadas, nova iluminação, paisagismo, mobiliário urbano e arborização.
Atrasou tudo.
A prefeitura, no ano passado, apontava o início de 2020 para os trabalhos começarem. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, a licitação para contratar o projeto executivo só deve sair entre abril e maio. Esse projeto é o que determina, ponto a ponto, como será cada detalhe da obra.
Após esse estudo ficar pronto, ainda será preciso lançar uma nova licitação para selecionar qual empreiteira vai executar a reforma. Aí, sim, a obra começa a sair do papel.
O plano da prefeitura é transformar a João Alfredo – conhecida pela conturbada relação entre frequentadores e moradores – em um modelo de urbanismo com cara de Primeiro Mundo. Pelo menos R$ 6 milhões, financiados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina, serão investidos na rua.
Com mais zonas de convívio, a intenção é qualificar especialmente o uso diurno da via – que, durante o dia, praticamente só recebia carros e, durante a noite, ficou marcada pela baderna.