Decidida a blindar o espaço que virou sensação de Porto Alegre nas últimas semanas, a prefeitura vai atravessar os próximos dias aplicando um produto antipichação no Largo dos Açorianos.
A iniciativa, como a coluna havia mostrado no início do mês, partiu de uma fábrica de tintas: os 70 galões que a empresa doou custariam R$ 15 mil se o município precisasse comprá-los. Mas a principal economia nem é de dinheiro, e sim de tempo – uma licitação para adquirir o produto levaria meses. Até lá, como já ocorreu no mês passado, o largo poderia sucumbir outras vezes à praga da pichação.
— Fizemos uma série de testes, para a prefeitura escolher qual seria a melhor alternativa de cor e textura. A opção foi por um verniz incolor, para respeitar o aspecto bruto do concreto — diz o gerente nacional de vendas da Liko Tintas, Gérard Felipe Heraud.
A aplicação do produto, que depende de tempo bom para ser concluída, já começou na sexta-feira: orientados por técnicos da Liko, sete funcionários do DMLU usaram rolos de pintura para passar a substância em arquibancadas, paredes e bancos no Largo dos Açorianos.
Com a tinta antipichação, a grande diferença é que o spray dos vândalos adere bem menos à superfície. Limpar a sujeira fica uma barbada: um paninho resolve, sem necessidade de ficar esfregando o local ou de pintá-lo outra vez.