![Alessandra Muller / Arquivo Pessoal Alessandra Muller / Arquivo Pessoal](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/24921937.jpg?w=700)
Cheiro de coisa podre no ar, proliferação de moscas-varejeiras e, por fim, um encontro com dezenas de peixes mortos à beira de uma barragem. Geralmente agradável, a caminhada pelo Parque Saint'Hilaire – no limite de Porto Alegre com Viamão – não foi das melhores para a estudante Alessandra Muller, 22 anos.
– Vi uns 200 peixes boiando. Havia lambaris, traíras e até cobras de água doce – conta ela, que passeava com a família no domingo (23) em torno da represa Lomba do Sabão, localizada dentro do parque, e enviou fotos à coluna.
Procurada, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente não soube precisar quantos animais morreram e informou que vai retirá-los a partir desta sexta-feira (28) – cinco dias após o ocorrido. Conforme a pasta, será solicitado ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) "nos próximos dias" uma análise da água para que a razão da mortandade seja desvendada.
A bióloga e coordenadora das Unidades de Conservação da pasta, Márcia Correa, diz que "é precipitado levantar hipóteses", mas lembra que, há alguns anos, um episódio semelhante na barragem foi causado pela grande quantidade de algas.
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– O calor dá condições adequadas para as plantas se proliferarem dentro da água. Quando estão em excesso, elas "disputam" e "roubam" o oxigênio dos peixes – explica Márcia.
Construída na década de 1940, a represa abriga 14 espécies de peixes. Com tamanho equivalente a 70 campos de futebol, sua água era captada, tratada e distribuída a residências dos bairros próximos ao parque, como Agronomia, Lomba do Pinheiro, Viamópolis e Cecília.
Há cinco anos, no entanto, o bombeamento foi desativado pelo Dmae justamente pela grande presença de plantas aquáticas – o que dificultava a limpeza.