A longa caminhada de Marchezan em busca do apoio do PMDB – apontado como imprescindível para aprovar seus projetos na Câmara – já passou pela casa de Pedro Simon, pelo escritório de José Fogaça e pelo apartamento de Luís Roberto Ponte, mas, na segunda-feira (26), entrou na agenda oficial do prefeito. Não era a intenção inicial.
Quando fez o convite a Sebastião Melo – seu adversário na campanha de 2016 –, Marchezan sugeriu uma reunião no escritório do ex-vice-prefeito. Contrariado, Melo disse que só aceitaria o encontro se fosse no Paço e se a prefeitura o divulgasse.
A ideia era evitar rumores sobre um acerto entre Marchezan e o PMDB justamente por meio de Melo – que chegou a pedir afastamento do diretório municipal da sigla, no mês passado, por discordar da aproximação com o governo. Para ele, quem perde eleição deve contentar-se com a chamada "oposição responsável".
Na conversa em seu gabinete, o prefeito pediu a opinião de Melo sobre os três projetos que mais precisam de apoio: a revisão da planta de valores do IPTU, as alterações no plano de carreira dos servidores e a concessão de serviços do Dmae à iniciativa privada.
Foi a primeira vez que o peemedebista entrou no Paço desde que o governo Fortunati acabou, há um ano e meio.