Depois de liderar uma articulação para impedir a vereadora Mônica Leal (PP) de conceder o título de Cidadão de Porto Alegre ao general do Exército Sérgio Etchegoyen, o PSOL se conformou.
– A Câmara aprovou, paciência. Não vai ter escracho – diz o vereador Roberto Robaina.
Mônica conseguiu em julho aprovar o projeto por 26 votos a três e, na semana passada, divulgou a data da homenagem: 29 de agosto, às 15h, no plenário da Câmara. Ministro da Segurança Institucional do governo Temer, Etchegoyen receberá o título pessoalmente.
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Robaina pondera que “não vale a pena chamar mais atenção” para a homenagem ao general – que irritou a esquerda em 2014, quando classificou co “patético” o esforço da Comissão da Verdade em “reescrever a história”. Na época, a comissão havia incluído o seu pai, Leo Etchegoyen, morto em 2003, na lista de militares envolvidos em torturas.
Mônica Leal diz que o general "se destacou pela defesa dos princípios da moral e da ética" ao longo dos "mais de 40 anos de serviços prestados à nação":
– A homenagem representa o espírito de luta do povo gaúcho, que clama por ordem e progresso no Brasil.