Tenho gostado dos mutirões de limpeza da prefeitura – e também gosto do trabalho do secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, que se recusa a viver encastelado em um gabinete.
Justamente por isso, sinto-me confortável para dar-lhe um puxão de orelha. Faz sucesso no Facebook um vídeo que ele publicou no sábado. Sobreposto às imagens, lê-se o seguinte: "Apagando pichação de vândalo comunista".
Crônicas de Paulo Germano:
Sou de esquerda ou de direita?
Defender pichação, era só o que faltava
Obrigado, Michel Temer
– Vou ter gosto de apagar isso aqui: o símbolo que trouxe muito ódio, muita morte ao nosso mundo e está trazendo sujeira para a cidade de Porto Alegre – diz o secretário ao esfregar a foice e o martelo.
Apagar pichações é ótimo, mas enxergar em tudo uma oportunidade para polarizar, para dividir, para insuflar essa rivalidade irracional que assola o país não pode mais nortear homem público nenhum.
Ramiro, como bom secretário que é, precisa assumir postura de secretário, e não mais a de um moleque do MBL.
