Secretário-adjunto da Cultura, o filósofo Eduardo Wolf é a nova baixa do governo Marchezan. Vai deixar a prefeitura na próxima segunda-feira, após o encerramento da nona edição do Festival de Inverno, organizada por ele.
À coluna, Wolf disse que precisa se dedicar a projetos inadiáveis em São Paulo. Ele fechou contrato para escrever um livro sobre a obra do inglês Roger Scruton, expoente do pensamento conservador. Seus planos ainda incluem um pós-doutorado em Filosofia na USP e o retorno ao Estado da Arte, uma plataforma de cultura que ajudou a criar no jornal O Estado de S.Paulo.
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Assessores do governo, no entanto, revelam outros motivos para a saída de Wolf: o adjunto não esconde a frustração de ver seu principal projeto na prefeitura perder força internamente. Em janeiro, quando foi chamado para o governo, Wolf ficou de implementar o modelo que repassaria para organizações sociais – entidades privadas sem fins lucrativos – a gestão de espaços culturais da cidade, entre eles o Gasômetro, a Cinemateca Capitólio e o Centro Municipal de Cultura.
Marchezan, embora gostasse da ideia, acabou priorizando outras áreas, como o acesso à cultura para a população mais pobre, deixando de lado todo o planejamento desenvolvido por Wolf.