"É no mínimo má-fé", diz a nota do Conselho Municipal de Assistência Social sobre um trecho da coluna publicada ontem. Meu texto lembrava que a presidente do conselho, Maria de Fátima Cardoso do Rosário, é ligada ao PSOL – e, conforme a prefeitura, conselheiros "de esquerda" estariam travando a liberação de R$ 5,1 milhões por birra ideológica com o governo Marchezan.
Na nota do conselho, Maria de Fátima critica a coluna por "misturar a posição partidária da presidenta com sua atuação como representante de usuários" dos serviços de assistência social. E dá sua versão de por que o conselho ainda não liberou a utilização do dinheiro.
"Havia (por parte da prefeitura) o pedido de pagamento de luz para três equipamentos que dividem espaço com outra política pública e, como esse recurso é federal, não pode ser utilizado com despesas que não sejam de assistência social", diz um trecho da nota.
A longa resposta do Conselho Municipal de Assistência Social cita outros motivos – como o "valor subdimensionado dos vales-transporte" – para o pedido de vista que atrasou a liberação dos recursos. Mas o trecho mais curioso da nota afirma que, na reunião de segunda-feira, quando o dinheiro finalmente poderia ser liberado, cinco conselheiros que representam o governo, veja que coisa, não apareceram.
Se pelo menos três deles tivessem comparecido, haveria quórum suficiente para a votação. Procurada pela coluna, a assessoria da prefeitura confirmou a ausência dos cinco.
Aí fica difícil, gente.