Centro de repressão e tortura no regime militar, o casarão da Rua Santo Antônio recebeu nos últimos anos protestos e pichações, adesivos contra a ditadura e manifestações pelos direitos humanos.
O barulho funcionou em 2013: Tarso Genro e José Fortunati se comprometeram em transformar o prédio, apelidado de Dopinha, em um centro de memória, convivência e cultura. Um convênio entre prefeitura, Estado e União chegou a ser anunciado.
– A ideia foi lançada, mas não houve providências concretas – diz o atual procurador-geral do município, Bruno Miragem. – E, no momento, não há a menor condição econômica de arcar com esses custos.
Talvez o buraco seja mais embaixo: não parece haver ambiente propício para atender a uma pauta tão ligada à esquerda, que se enfraqueceu de 2013 para cá.
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