Já me parece melhor a prefeitura botar abaixo todos esses relógios de rua, desativados há 20 meses e caindo aos pedaços pelas esquinas de Porto Alegre, do que gastar mais tempo e dinheiro público em uma enrolação que parece sem fim.
Depois de uma série de trapalhadas nas licitações – ou terminavam desertas, ou apresentavam falhas nos editais, ou eram contestadas pelo Ministério Público de Contas –, um novo entrave nos condena a seguir olhando todo dia para os trambolhos em ruínas. Uma lei promulgada em dezembro do ano passado modifica as regras da propaganda de rua.
– A lei tornou muito permissiva a publicidade de rua e acabou tirando valor do mobiliário urbano. Quem vai pagar ao município para operar os relógios, se a lei permite instalar outdoors, painéis de led ou eletrônicos em terrenos privados? – questiona o procurador-geral do município, Bruno Miragem. – Em razão disso, vamos ter que rever o edital ou aperfeiçoar a legislação.
Miragem diz que uma definição deve chegar dentro de um mês e meio. Tomara, tomara mesmo, porque os relógios não dão mais horas, só dão nojo. Que removam logo esses escombros de nossa cidade.
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