O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou as obras do monotrilho que vai interligar a última estação do metrô de São Paulo (CPTM) ao Aeroporto de Guarulhos-SP. Com a revogação da medida cautelar, aprovada em setembro, dias após a assinatura do contrato, sob pretexto de questionar se o modelo seria o mais viável para os objetivos, o projeto, batizado de People Mover, está apto a ser recomeçado.
A previsão indicava o início das obras em janeiro. O investimento de R$ 272 milhões, no sistema ferroviário pensado para facilitar a vida de quem utiliza os três terminais do maior aeroporto do país, tem tecnologia gaúcha da Aerom, criada por Oskar Coester, da Aeromóvel Brasil, em seu DNA.
A empresa, responsável pela implantação de modelo similar no Salgado Filho, em Porto Alegre, forma o consórcio AeroGRU com a HTB, FBS e TSA. Entre os parceiros do projeto, a Marcopolo, de Caxias do Sul, entra com os veículos Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), assim como a vizinha Randon, com o fornecimento de material de rodagem e a Metal Work, de São Leopoldo, oferece o sistema pneumático.
CEO da Aeromóvel Brasil, Marcus Coester diz que ainda faltam trâmites junto à Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) para retomar os cronogramas. O prazo é de de 22 meses e também envolve a operação por 12 anos, mesmo tempo de concessão do aeroporto paulista.