Peru, chester, bruster, fiesta ou frango especial. Ao escolher uma ave natalina, os consumidores se deparam com várias opções nas gôndolas de supermercados. Mas afinal, qual a diferença entre esses produtos? Nas últimas semanas, alguns colegas na redação me fizeram a mesma pergunta. Em suma, a resposta é simples: são duas espécies de animais, o peru e o frango.
O peru só duas empresas abatem no Brasil, a BRF e a JBS. São animais mais difíceis de criar, exigem condições específicas de temperatura e levam pelo menos 4 meses para ficarem prontos. A carne é mais escura, tem sabor acentuado e consistência mais firme. A tradição de comer peru na ceia natalina vem dos Estados Unidos, onde o prato é obrigatório na celebração de Ação de Graças.
Mas e o chester? Nada mais é do que um "frangão". É uma marca da Perdigão, introduzida no Brasil para ser um substituto ao peru. Da mesma espécie do frango comum, o animal com mais rendimento de carne é resultado de seleção genética, sendo abatido entre 52 e 56 dias. Isso quer dizer transgênico ou com adição de hormônios? Não. Seleção genética não é transgenia, é cruzamento de animais com características específicas para determinado fim.
A linhagem dos "frangões" tem maior quantidade de peito, por isso o nome chester, em inglês, peitudo. O animal chega a pesar o dobro de um frango comum. A carne é mais branca do que a do peru, mais suculenta e macia. As outras marcas, como bruster, fiesta, seguem a mesma lógica.
Seja qual for a ave que estará na sua ceia, o desejo é de um Natal farto.
Mercado de aves natalinas estável
O volume de vendas de aves natalinas manteve-se estável neste ano, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume comercializado é bem próximo ao do Natal passado, segundo Ariel Mendes, diretor de Relações Institucionais da entidade. O preço está de 8% a 10% mais caro, por conta do aumento dos custos de produção, principalmente o milho.