Nestes tempos turbulentos, até o próximo dia 15 ainda é possível visitar a elogiada mostra Soulèvements, em cartaz no Museu Jeu de Paume, na capital francesa. A exposição, pensada e organizada pelo filósofo e historiador da arte francês Georges Didi-Huberman, reúne cerca de 250 obras antigas e contemporâneas em torno do gesto de insurreição, numa enciclopédia visual e emocional do ato de rebeldia através dos tempos. A mostra transdisciplinar revela representações artísticas e iconográficas de diferentes movimentos de contestações, de Goya às revoltas da atual era digital. O visitante cruzará em seu caminho com Nietzsche, Pasolini, Picasso, Victor Hugo, Courbet, Sigmar Polke, Annette Messager, Baudelaire, Chris Marker, Michel Foucault, Gilles Caron, Manet, Jean-Luc Godard, Man Ray, Miró, Rosa Luxemburgo, García Lorca ou os brasileiros Hélio Oiticica e Cildo Meireles, entre tantos outros. A esperança não é gigantesca, mas ela existe, diz Didi-Huberman:
Toujours Paris
Mostra "Soulèvements", em Paris: imagens de rebeldia e esperança
Exposição organizada pelo historiador da arte Georges Didi-Huberman reúne obras antigas e contemporâneas em torno da rebeldia
Fernando Eichenberg