Léo Gerchmann
Fala-se muito em Fidel Castro nestes seguintes ao de sua morte. Ditador? Revolucionário? Livrou Cuba do jugo americano que a reduzia a um bordel? Político solidário? De viés autoritário? Ouço, leio e tenho aqui a minha convicção: Fidel sempre foi um homem de personalidade formatada pelas circunstâncias. Chegou ao poder e levou meses até assumir o caráter socialista da ilha. Mediante a resistência americana e o embargo, não teve outra alternativa que não a de cair no colo da antiga União Soviética. A URSS terminou? Veio o período especial e, ufa, a Venezuela com seu petróleo camarada. O chavismo ruiu? Veio então a necessidade de reatamento diplomático com os EUA, que está em andamento e que, claro, teve sua bênção em cada uma das etapas de grande apelo histórico.