Um dos maiores símbolos das crianças de Londres está de partida. Dippy, o dinossauro que recebe os visitantes no hall do Museu de História Natural, vai deixar seu posto. Na instituição desde 1905, Dippy irá fazer um tour por 90 localidades a partir do ano que vem. Para a despedida, está planejada uma festa de Ano-Novo. O dia final de visitação será 4 de janeiro. Depois, o esqueleto de 21 metros passará por uma restauração de um ano antes do tour de adeus. Dippy é uma réplica de um dinossauro encontrado em escavações no Wyoming, Estados Unidos, em 1898. Na época, foi considerado uma das maiores descobertas mundiais. Ao ver um desenho do esqueleto, o rei Eduardo VII se encantou e encomendou uma réplica.
Quando a cópia desembarcou em Londres, em 1905 (enviada pelo empresário Andrew Carnegie, que adquiriu o original para o museu com seu nome em Pittsburgh), foi apresentada a cerca de 300 convidados. Na despedida de agora, depois do tour pelo Reino Unido, Dippy passará por um banho de metal e será colocado em um espaço aberto, próximo à estação de metrô de South Kensington.
No verão europeu, em 2017, o hall do Museu de História Natural ganhará sua nova atração, o esqueleto de uma baleia-azul. Desta vez, um esqueleto original. A BBC já produz um documentário mostrando os bastidores dos preparativos desta troca de atrações, tamanho é o interesse do público pelo assunto. O nome do dinossauro é um diminutivo de Diplodocus, a espécie do animal encontrado no Wyoming.
A direção do museu ainda não decidiu se irá fazer um concurso ou como escolherá o nome da baleia que ficará suspensa no teto.
STELLA MCCARTNEY
PARA ELES
Pouco anunciada, mas há muito aguardada, a linha masculina de Stella McCartney acaba de ser lançada em Londres. Esta primeira coleção, por enquanto, está à venda apenas online – nas lojas, só no ano que vem, e no Brasil, ainda sem previsão.
Como tudo o que a grife faz, Stella para homens vem cheia de especificidades. Sem lançamento mundial e longe das passarelas das semanas de moda, a estilista optou por apresentar a novidade em uma festa no mítico Abbey Road Studios. A proposta também segue os preceitos de suas outras linhas: nada de couro, nada de peles.
A aposta desta linha é o estilo com cara fácil de usar, bacana de se ver vestido, com referências próximas ao universo do seu público (como música e futebol) e pitadas de humor. Cardigans gigantes, mantas e meias lembrando as de times de futebol, casacos bem cortados, calças de pijama, jaquetas e camisas de seda são peças principais.
A estilista, que fez sua formação na Saville Row (endereço dos melhores alfaiates ingleses), admitiu que esta influência é evidente, assim como a do universo da música, claro, pelo pai, Paul McCartney, e pelos muitos amigos. A combinação de alfaiataria séria com peças mais despojadas, em que a subcultura londrina faz o contraste, é o que dá o equilíbrio para algo que Stella faz questão no seu trabalho: não levar a moda tão a sério. É por isso que funciona.
TRUMP E FARAGE:
A SAGA CONTINUA
Donald Trump parece mesmo decidido a reescrever a linha da política externa com o Reino Unido. Para espanto da Ilha, recentemente Trump tuitou que Nigel Farage faria um ótimo trabalho como embaixador do Reino Unido nos EUA. Farage é a cara do UKIP, Partido pela Independência do Reino Unido, e foi uma das principais lideranças da campanha do Brexit. O governo inglês, depois de um silêncio que evidencia o choque com que recebeu o recado, saiu para a operação abafa. Escalou o ministro do Brexit, David Davis, para a resposta:
– Não há vaga – disse ele, com um agradável sorriso, marca da educação inglesa quando quer ir direto a um assunto desagradável.
Trump recebeu Farage em Nova York na semana após a sua eleição, causando desconforto. O governo inglês fez vista grossa. Para ajudar nas relações, o Palácio de Buckingham entrou em campo. A Rainha já havia anunciado que irá convidar o casal Trump para uma visita oficial. Nada como um banquete real para apaziguar os ânimos. Se bem que, no caso de Trump, que já vive num mundo dourado, a pompa dos Windsor pode ter efeito contrário.