Michel Temer não participará, na próxima semana, da histórica firma do acordo de paz entre as Farc e o governo colombiano, informou uma fonte oficial.
- Temer preferiu ficar no Brasil para tratar de questões domésticas - disse um assessor da presidência brasileira à agência de notícias AFP, lembrando que ele se reuniu em Nova York com seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, e fez referência ao acordo de paz em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Temer, que assumiu o poder após o impeachment de Dilma Rousseff, realizará outras viagens ao Exterior a partir de 3 de outubro, à Argentina e Paraguai, acrescentou o funcionário. Na próxima segunda-feira, a guerrilha das Farc e o governo colombiano firmarão a paz na cidade de Cartagena, acabando com um conflito armado de mais de meio século. A cerimônia contará com a presença de numerosos líderes mundiais, entre eles o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O Brasil será representado pelo chanceler José Serra.
Temer já foi criticado, dias atrás, por ter se ausentado da cúpula sobre a crise dos refugiados, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele estava em Nova York, local do encontro. Ainda assim, foi para o hotel e mandou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ao evento.
Será que o Brasil, sob o governo de Temer, abdicou das grandes questões planetárias? Será que a diplomacia dará um passo para trás em relação às administrações de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva?