Que loucura! É bem na área mais polêmica e sensível do governo de Mauricio Macri, na Argentina. O Departamento Anticorrupção do governo aconselhou o ministro de Energia da Argentina, Juan José Aranguren, a vender suas ações da Shell. E o que ele já fez, bem rapidinho: vendeu, claro. Não bastassem os aumentos de até 1.000% nas tarifas, o ministro ainda tinha ações da Shell.
Aranguren presidiu a Shell na Argentina até junho do ano passado. Tinha algo como R$ 3,5 milhões em papéis da empresa. Está vendendo as ações "por prudência", mas sustenta que não havia qualquer irregularidade na situação.
A Justiça investiga Aranguren por suposta incompatibilidade de função.
O ministro não é caso isolado na equipe de Macri. Muitos dos seus assessores são executivos da iniciativa privada. O Judiciário tem insistido na necessidade de os cargos serem compatíveis, e a população tem protestado nas ruas.