Vejam só que importante. A coluna já havia noticiado e comentado essa reaproximação, que é cada vez mais intensa. Argentina e Grã-Bretanha acertaram uma cooperação nas áreas de petróleo e gás, pesca, comércio, navegação e transporte aéreo na região das Ilhas Malvinas, revela um comunicado conjunto divulgado em Buenos Aires.
Sensacional!
Durante visita a Buenos Aires do vice-chanceler britânico, Alan Duncan, foram "adotadas as medidas apropriadas para remover todos os obstáculos que limitam o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável das Ilhas Malvinas, incluindo comércio, pesca, navegação e hidrocarbonetos".
"As duas partes destacam os benefícios da cooperação e de um compromisso positivo" no Atlântico Sul, revela o comunicado conjunto.
O comunicado cita ainda outras áreas de interesse recíproco, desde o fomento do comércio multilateral até o combate à corrupção e ao narcotráfico.
A nova etapa das relações bilaterais é promovida pelo presidente Mauricio Macri desde que assumiu o mandato, em dezembro de 2015.
Argentina e Grã-Bretanha não mantiveram boas relações durante os 12 anos dos governos de Néstor e Cristina Kirchner, que exigiam de Londres negociações sobre a soberania das Malvinas.
A Grã-Bretanha nega qualquer negociação sobre as ilhas alegando que seus habitantes votaram pela permanência entre os britânicos. A Argentina reclama soberania sobre as Malvinas desde que tropas britânicas invadiram e ocuparam as ilhas, em 1833, após sua ocupação por franceses, espanhóis e argentinos.
Em 1982, durante a ditadura do general Leopoldo Galtieri, tropas argentinas recuperaram as ilhas e deflagraram uma guerra que terminou com a vitória britânica após 74 dias de combates e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e, ainda, três civis das ilhas..