Parte da espetacular e até hoje pouco conhecida coleção de arte de David Bowie irá à venda em novembro. Porém, até 9 de agosto, na Sotheby's de Londres, o público pode conhecer, de perto e de graça, o acervo que Bowie montou em 50 anos. Serão vendidas quase 300 peças, entre telas, grafites, móveis, esculturas e objetos, demonstrando que o músico, ator, produtor e ícone inglês se interessava por arte, mas ampliava o foco para o design. Bowie comprou a maioria das peças pessoalmente, às vezes no ateliê dos artistas.
O presidente da Sotheby's Europa, Oliver Barker, definiu a exibição como "uma perspectiva única sobre o mundo privado de um dos maiores espíritos criativos do século 20". A coleção de Bowie inclui artistas renomados mundialmente como Damien Hirst, Henry Moore e Marcel Duchamp. Mas o ponto central é a arte britânica da primeira metade do século 20, período pouco divulgado internacionalmente, se comparado com outros países como França e Espanha. Este fator de desconhecimento foi justamente o que motivou Bowie.
Um dos destaques, um Basquiat que Bowie adquiriu depois de ter interpretado em 1996 no cinema Andy Warhol, amigo e mentor do artista, tem preço estimado entre 2,5 milhões e 3,5 milhões de libras (entre R$ 12,5 milhões e R$ 15,5 milhões). No total, a casa de leilões espera arrecadar algo em torno de R$ 50 milhões. Valor alto, mas que pode ser ainda maior, se forem levadas em conta a empolgação e a idolatria em torno do cantor.
Para atrair os possíveis compradores, parte do acervo a ser vendido encontra-se na Sotheby's da Bond Street de Londres. Apenas alguns destaques seguirão para um tour internacional, viajando por Los Angeles, Nova York e Hong Kong. A visitação londrina tem surpreendido pelo grande público, a maior parte, claro, sem condições de arrematar peças, pelo menos as caríssimas.
Porém, há objetos mais em conta, como o Brionvega Radiophonograph, de 1965, no qual Bowie escutava seus vinis e que terá lance mínimo de R$ 4 mil. Os leilões estão marcados para 10 e 11 de novembro e o dinheiro ficará para a família do cantor. A justificativa dos herdeiros para a venda não foi questão financeira, mas a falta de espaço para manter a coleção. Parte dela, as peças com maior significado pessoal na vida do músico, permanecerão em posse da família.
Sabatina semanal
Theresa May estreou no Question Time, a sessão semanal de perguntas à qual o primeiro-ministro é submetido no Parlamento inglês, com a tranquilidade de quem é experiente naquele palco. Como ministra de David Cameron, Theresa já havia participado de diversas sessões de questionamentos do primeiro escalão do governo anterior.
Agora, sua maratona de perguntas não será mais esporádica.
Todas as quartas-feiras, entre 12h e 12h30min, o primeiro-ministro vai ao Parlamento para responder a perguntas de deputados da situação e da oposição. Tradicionalmente, a primeira pergunta é sobre a agenda do PM, que prossegue fazendo considerações sobre o assunto mais importante da semana e, só então, é liberado o interrogatório. Cada MP (membro do parlamento) pode fazer uma pergunta. Apenas o líder da oposição tem direito a seis questionamentos.
Quem quiser pode assistir às sessões ao vivo no site do parlamento inglês: parliament.uk.
Realeza semanal
Também na quarta-feira, a agenda do primeiro-ministro inglês inclui uma visita, no início da noite, ao Palácio de Buckingham.
Theresa May é o 13º PM recebido nas audiências semanais pela Rainha Elizabeth II. O que é dito nesses encontros ninguém sabe, pois, a portas fechadas, têm apenas a presença das duas líderes e como testemunha os corgis – cachorros da rainha.
Oficialmente, a posição do Palácio sobre os encontros é de que "embora a rainha seja politicamente neutra, ela é mantida atualizada sobre assuntos políticos e se reserva o direito de expressar seus pontos de vista durante essas reuniões".
As audiências podem durar até uma hora e, durante a conversa, nem água, nem chá, muito menos café são servidos.